Vingança - Capítulo 21 - Fim
21º Capitulo
Fez um movimento menos cuidadoso e queixou-se logo, os murros que havia recebido ainda magoavam.
- Creio que agora obrigas-te a ir nas calmas. – Bill gozou com Tom e o facto deste fazer constantes caretas de dor. – Maravilhoso. – riu-se
- Se estivesses no meu lugar estavas aí praticamente morto. – pestanejou pois ainda lhe ardiam os olhos do contacto com aquele maldito fumo.
- Que maldoso que és comigo. – o gémeo de Tom voltou a falar num notável tom de puro gozo – Mas fora a diversão… - o das tranças olhou-o de lado – bom… - fingiu tossir – como ficaram as cenas agora?
- Quais cenas, Bill? Krunt foi morto…a rede de trafico dele foi desmantelada e conseguimos aprender imensos kg de Drogas e prendemos cerca de 8 homens que trabalhavam para aquele maldito. Creio que “as cenas” estão bem, por agora.
- Referia-me ao facto de estares caidinho de amores pela Aria, esta pertencer ao grupo “perigoso” da Interpol, ter ordem para matar e não poder andar por aí pela cidade como se nada fosse. – Bill explicou
- Porque não pode ela andar por aí? – quis o mais velho dos gémeos saber
- Porque corre o risco de algum familiar ou amigo a reconhecer, Tom.
- Eu fui anos o suficiente o seu melhor amigo e não a reconheci de modo algum. Simplesmente ela informou-me quem era na realidade.
- Mas sejamos sinceros…antes de te seres informado á cerca da sua identidade, estavas praticamente a vê-la ali. – o irmão não respondeu de imediato.
- Apenas… - suspirou – a vontade de estar de novo com ela tomava conta de mim, colocava-me doido e ainda mais dar-me conta que a amava, depois de ela supostamente ter morrido.
- Amá-la? – Bill falou de olhar cravado no seu gémeo.
- Sim. – fechou os olhos por breves momentos – Ela sabe disso.
- O facto de te sentires loucamente atraído por ela e terem estado juntos em aspectos mais…apaixonantes…
- …quer dizer isso mesmo. Que a amo. – Tom interrompeu.
- Voltando á pergunta base. Como ficam as coisas agora?
- Não sei ao certo, mano. – olhou o ecrã da tv mas era o mesmo que não ver ali nada, mesmo estando a televisão ligada e no momento exibir um filme. – Sabes que não falamos ou estivemos juntos desde o termino da missão.
- Coisa que foi á dois dias. – o outro relembrou – Não seria amável da tua parte telefonar-lhe? – mais uma vez, Tom não deu imediata resposta.
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Por uma questão de…aparência…Tom havia surgido no Cemiterio, supostamente para recordar o aniversário, já á muito passado, da ex-colega de equipa. A sua surpresa surgiu ao ver Nathan por ali, junto da pedra que assinalava a memoria da irmã.
- Por aqui… - murmurou. O rapaz olhou-o rapidamente e depois voltou a observar a pedra
- E tu…que fazes por aqui? – Nathan questionou-lhe
- Nem sei. – suspirou. O que sabia era que já contava quatro dias sem saber de Aria.
- Vi a tua namorada. – o rapaz falou do nada e a atenção de Tom afitou-se – Quer dizer…vi-a passar num bruto BMW desportivo de cor preta. – sorriu fracamente
- Quando a viste?
- Esta manhã. É bonita a rapariga. – disse – Quem a olha com mais atenção vê semelhanças á minha irmã. – encarou Tom
- Acho que comecei a me interessar nela de inicio…por isso mesmo. – o das tranças explicou – O resto tem surgido.
- Gostavas realmente da Aria? – franziu o sobrolho
- Mais do que julgava. E quando…a perdi é que me dei conta.
- Ainda bem que encontras-te uma miúda á altura da minha irmã. – Nathan brincou um pouco com as suas palavras.
- Sim. Parece que a minha procura louca por uma rapariga do género…terminou. – suspirou – Creio que também devas saber que…
- …o infeliz que matou a minha irmã também desapareceu de vez. – olhou de relance atrás de Tom – Deu na tv. – sorriu timidamente – Realmente ela é gira, Kaulitz. – não deixava de olhar atrás de Tom; o rapaz voltou-se e encontrou Aria atrás de si, sorrindo ligeiramente para ambos os rapazes que ali estavam.
- Shay. – Tom pronunciou devagar.
- Imaginei que estivesses por aqui. – ela falou e aproximou-se do das tranças – Olá, Nathan! – falou ao rapaz loiro e este assentiu simpaticamente para si – É alguma data especial? – questionou falsamente ao irmão enquanto relançava um breve olhar á pedra onde estava gravado o seu nome.
- Não. – o rapaz loiro respondeu – Apeteceu-me passar por aqui. – sorriu ligeiramente – Fiquem bem. – despediu-se com um aceno e começou a se afastar do casal.
- Que fazes aqui? – ela quis logo saber, assim que ficou sozinha por ali com Tom
- Desapareces-te quatro dias. Queria confirmar que não tinhas feito por desaparecer de novo da minha vida. – ele respondeu
- Desculpa a ausência, Tomy. – sorriu e começou a beijar o rapaz tranquilamente, com imenso carinho. – Estava a organizar a minha posição na Interpol, de modo a ficar pelo pais e não viajar para o outro lado do mundo.
- E é seguro ficares cá? – perguntou a medo
- Por agora. – sorriu-lhe – Como vês…apenas sou parecida á Aria. – acariciou a face do rapaz devagarinho – Mas temos que continuar com o extremo cuidado de ninguém ouvir esse nome por aqui. Shay…Chamo-me Shay Norton. – anunciou em ultimo
- Shay. – falou divertido
- O nome que me inventas-te, pega bastante bem. – beijou-o de novo. – Em privado sou a “tua” Aria, ok. – Tom assentiu com um sorriso e tomou por sua vez a iniciativa de beijar a rapariga.
- Já acabas-te a Vingança, certo? – quis ele confirmar
- Completamente. Voltemos as missões novas e que rapidamente conseguimos resolver. Os nossos departamentos terão parceria a partir de hoje. Vais é ter que continuar a ter a mesma cabra ruiva como Chefe, Tomy. – gozou e ele abraçou-a; era de notar que Tom queria memorizar aquele momento romântico, sempre recordar o bom que é sentir Aria em seus braços e ela própria estar finalmente descansada e seguir com tudo o que seria de novidade.
- Não voltes a me deixar. – ele sussurrou-lhe – Amo-te. – o corpo da rapariga tremeu vagamente e rapidamente uma estranha tranquilidade se apoderou do casal.
- Eu sempre te amei. – Aria respondeu – Vamos? – quebrou o abraço, de modo lento. – Estamos num cemitério, Kaulitz. – riram – Pretendo continuar o momento…num certo quarto de Hotel, ok.
- Se assim o desejas. Shay Norton. – rodeou-a pela cintura – Aceitas namorar comigo?
- Creio que isso ficou esclarecido á uns dias atrás…querido. – beijaram-se rapidamente. Começaram a caminhar pelos caminhos calcetados ate ao portão de saída daquele local.
- Vais continuar num Hotel? – ele questionou por mero acaso
- Não. Amanhã vens comigo para me ajudar na escolha de um dos quatro apartamentos, pequenos, que a Interpol me colocou á disposição. Pode ser? – olharam-se
- Combinado. – sorriu
Entrou cada um em seu carro, mas estava mais que determinado que os seus caminhos a partir daquele dia…seriam unidos e estariam sempre enlaçados numa forte amizade e num intemporal amor.
Fim